E mais uma vez me deparo descobrindo coisas que não fosse capaz de imaginar. Eis que me deparo com um novo sentimento. Novo porque só agora me dei conta que ele existe, mas é tão velho quanto nossa amizade. Talvez por não ter prestado atenção na maneira como você encarava as coisas hoje eu me deparo com isso que estou sentindo. Isso me incomoda, mas não tenho nenhum poder para levar você para longe de mim. Desde o inicio fui orgulhoso de mais para confessar que eu precisava de você, que você era o meu complemento e minha inspiração. Agora que você se aproximou eu já não sei mais como respirar sem você. Acho que não te ensinaram da maneira certa. Acho que você não aprendeu da maneira certa. Custo a acreditar que estou me tornando apenas um obejto de prazer. Eu não fui feito para isso, eu penso na possibilidade de amar, penso na possibilidade de ser amado. Eu te desejo. Eu sinto a sua respiração quando estou dormindo. Eu acordo pensando em você e isso já está se tornando obsessivo, e parece que só você não consegue enxergar isso. Ah... e o sexo?! Minha cabeça diz que devo me satisfazer e me convencer de que é o bastante quando vejo em seu semblante o âmago do prazer e o ápice de sensações. Mas meu coração... esse se aperta, se contorce e se inquieta porque não quero ser um objeto sexual, satisfação carnal ou paixão de verão. Quero ser o marco da sua vida, o apoio na lida, a porta para a realidade e seu amor de verdade. Quero poder me tornar o neurotransmissor de ação estimulante e analgésica da sua existência, e se mesmo assim eu me der conta que não tenho o mesmo valor que o merecido, só irei lamentar, a carne é fraca e eu sou mais ainda.
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